sábado, 28 de abril de 2012

SUGESTÕES AO NOVO PREFEITO- 2ª PARTE

Fomos observados que é ainda muito cedo para que se apresente sugestões ao novo Prefeito que vem por ai. Achamos que não! Estamos entrando no mês de maio, o que significa que estamos a seis meses da eleição. Os homens têm que preparar as suas plataformas de governo, pensar como vai dirigir a cidade e sem um projeto bem preparado, haverão de fracassar.

Antes mesmo da escolha dos seus principais auxiliares, terá que consultar muita gente ligada a diversos setores da cidade. Por exemplo, os líderes comunitários. Por que não se fazer um contato com cada um deles e anotar as maiores dificuldades de cada lugar. É esta gente, que sabe o que o seu povo precisa; que a comunidade necessita. De modo que tem muito trabalho a se realizar nesse pouco tempo para não ficar como uma “barata tonta”, já em meio do governo. E, gente, tem muita coisa. Não vamos entrar nessa de que são necessários mais postos de saúde, etc. Isto é básico. É obrigação de cada um deles.

Desde que nos entendemos, a cidade é carente e agora com o aumento impressionante da população, maior é a necessidade. Queremos nos ater mais a estrutura da cidade. Ela precisa ser melhorada. Na abertura desta seção há dias atrás, dissemos que a disparidade existente entre as duas cidades, Alta e  Baixa, enfatizamos que se faz necessário maiores investimentos nessa segunda que está caindo aos pedaços. Não é d’agora que isto acontece. Desde os tempos do Império e mais adiante na República, tratava-se a Cidade Baixa como um lixo e tanto isso é verdade que, nos anos 40 do século passado, Itapagipe, por exemplo, foi nomeada “Aterro Sanitário” de Salvador principalmente para os lados do Uruguai. Depois virou “Pólo Industrial” o que não sabemos se é pior ou melhor do que o primeiro. Ambos são terríveis! Retroagindo mais no tempo, num certo período, ainda na época do Império, foi baixado um decreto determinando que a população jogasse o lixo na cidade baixa, em qualquer lugar. Imaginamos como era, por exemplo, no Corredor da Vitória, onde todas as casas do lado direito tinham os fundos voltados para o mar. O lixo deveria cair no mar e as correntezas ali existentes de muita força levava esse lixo para a Praia do Porto e do Farol, Rio Vermelho, por aí. Quando não era o lixo, a maioria das casas próximas aos rios que cortavam a cidade canalizava os seus detritos para cada um deles e esses, por sua vez, jogavam no mar. Muita gente ainda deve se recordar da “saída” de uma “boca de lobo” que existia na Praia do Farol, na altura onde é hoje o Hotel Pascoal, próximo ao Cristo. A força daquela horrível mistura de água e lixo provocava uma depressão na praia de cerca de 1 metro de profundidade e se abria em V em direção ao mar. A areia em torno num raio de 50 metros, era preta. Hoje é o paraíso dos surfistas, mas antes, quem se aventurasse, poderia se contaminar. Pior ainda, nas marés cheias, o esgoto não podendo correr para o mar, corria pela lateral da praia formando como que um canal fétido. Os barraqueiros trabalhavam cruzando por ele. A foto abaixo é impressionante. Era assin mesmo! Praticamente, todo o bairro do Uruguai foi aterrado com lixo e mesmo os Alagados de Itapagipe, inicialmente, teve o mesmo destino. Só muito posteriormente, complementaram com a areia sugada da Ponta da Penha, processo pelo qual fez surgir diversas praias na Avenida Beira Mar em razão das modificações sofridas pelo eco-sistema da região.

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