domingo, 12 de maio de 2013

HOSPITAL ESPANHOL COM PORTAS FECHADAS


Está a se divulgar que o Hospital Espanhol estaria sendo fechado de forma definitiva. Primeiramente, já havia sido encerrado o setor de Emergência e agora seria todo o hospital. Fala-se em dívida milionária na casa dos 300 a 400 milhões de reais.
Sem dúvida que esta notícia é desastrosa, desde que o Hospital Espanhol presta à cidade de Salvador um serviço excepcional de assistência médica e não há, à curto prazo, uma forma de preencher essa lacuna. A população ficará muito prejudicada.

Hospital Espanhol

Se confirmada a notícia, é natural que se faça conjecturas sobre as razões que levaram a instituição a encerrar suas atividades. A primeira delas diz respeito à crise econômica que passa a Espanha e outros países europeus. Mas o que tem haver esse fato com o fechamento do hospital? Tem-se notícia que o governo daquele País ajudava financeiramente o hospital; dava-lhe suporte pelo menos nas horas difíceis e é natural que o fizesse desde que Salvador abriga uma das maiores colônias espanholas do País.
Outra razão que se levanta é o enfraquecimento numérico e econômico dessa colônia ao longo dos anos. Efetivamente, nos anos 30 e 50 do século passado, grande parte das atividades comerciais e outras, pertenciam a espanhóis. Não era somente o setor de armazéns e padarias que era dominado pela referida colônia. O serviço de ônibus, as joalherias, os magazines, até as funerárias, pertenciam a espanhóis. A lista é grande.
Aos poucos foram perdendo espaço ou até mesmo se diz que as novas gerações preferiram investir na sua terra do que mesmo no Brasil, especificamente Bahia.
Buscando mais razões sobre o que realmente está acontecendo, vejam, por exemplo, o caso do Clube Espanhol. Magnificamente localizado, na base de um morro na Barra, teve que negociar o espaço para uma construtora que levantou um extraordinário condomínio e em troca o clube ficou escondido debaixo da avenida. Não se vê suas novas instalações, sem dúvida, extremamente acanhadas em relação ao que era.
A proposito há uma grande curiosidade de relação ao solar onde começou o Hospital Espanhol. Situado no alto do Morro do Gavazza, numa posição extreamente privilegiada. Teria sido arrematado pela Real Beneficência Espanhola por volta de 1897 e o hospital começou a funcionar em 1900.

Mansão
Tenos feito pesquisas de todos os lados para saber a quem pertencia esse solar; que família morou nele? mas, infelizmente nada encontramos. Nesse caso faz-se conjecturas e levanta-se hipóteses. A primeira delas diz respeito a alta qualidade de construção e a sua localização, absolutamente privilegiada. Consequentemente, isto nos inclina a pensar de família de grande posse e prestígio social. A primeira delas é a família Pereira, descescente de Pereira Coutinho o primeiro donatário da Capitania de Salvador. Inclina-nos a pensar assim, desde que os armazéns e fábricas que existiam onde hoje  é o Yacht Clube da Bahia pertenciam a essa família e naquela época se costumava morar perto do local de trabalho.
Uma outra família sempre pensada em situações tais é Dias d'Avila. Era dona da metade de Salvador, principalmente dos melhores locais.
 NOVAS INFORMAÇÕES: Felizmente não se concretizou o fechamento do referido hospital. Gracias.

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